sexta-feira, 27 de junho de 2008

Semana de apagões no Futebol

Flu sofre apagão incompreensível em Quito

Amigos lixeiros, o que se viu no estádio Casa Blanca, em Quito, no primeiro jogo da final da Libertadores entre LDU e Fluminense foi espantoso. Os cariocas, que tinham como um dos pontos fortes a solidez defensiva, pareciam juvenis a enfrentar uma seleção mundial, tamanha a facilidade que os equatorianos encontraram para fazer 4 a 1 ainda no primeiro tempo.

Três gols de bola parada, um destes no estilo Pinball, tamanho foi o bate-rebate, e um vindo da jogada óbvia de Guerrón cruzando para o meio da área, contando com a falha pouco óbvia de Thiago Silva, que deixou o fraco Bieler se antecipar e abrir o placar. Assim a “Liga” se impôs, em um dia em que nada deu certo para o Flu.

Faltou gás...

É, pelo menos, o que fontes do clube relatam. O forte ritmo imposto pelos equatorianos fez com que muitos jogadores sentissem os efeitos da altitude, mais especificamente a velocidade da bola e, por conseqüência, do jogo. Palavras do Depto. Médico Tricolor.

Tá, pode ser. Mas não acho ainda suficiente para explicar a pane completa que pode ter levado o Flu a perder uma chance histórica que, como andam as coisas no Laranjal, pode não aparecer igual tão cedo...

Justiça seja feita

A LDU jogou uma partida monstruosa, fora do normal! Que jogadores foram, na quarta, Bolaños, Manso, Ambrossi, Urrutia e Vera! Sem falar no espetacular Guerrón, que infernizou a vida de Júnior César, que ainda o está procurando.

Resta ao tricolor torcer para que a carruagem da LDU vire abóbora antes da alegoria da Unimed chegar à sua meia-noite...

Vale lembrar

A feliz imprensa carioca, toda sorridente ("inexplicavelmente") após a derrota do Flu, adora estatísticas na hora de desmotivar, mas as esquece depois. A LDU, em casa, pela Libertadores, ganhou 19 dos últimos 26 jogos desde 2004, sendo 10 desses por diferença superior a 2 gols de diferença. Isso enfrentando adversários como River Plate, São Paulo, Inter, Santos, Estudiantes...

Para quem quiser acreditar...

Sempre há algo no qual vale a pena se segurar em um momento desses. O torcedor tricolor, assim como a própria equipe mostrou no desembarque, enxergou no gol de Thiago Neves e, principalmente, na milagrosa defesa de Fernando Henrique no último minuto, sinais de que ainda há esperança...

O que preocupa nesse contexto é o teor de algumas declarações de jogadores ainda em Quito, dizendo que no Maracanã o Flu vai levantar a taça, impor seu ritmo.

Ok, vamos combinar o seguinte. Acreditar na força do Flu no Maracá é ótimo, excelente aliás. Mas daí achar que isso é questão de tempo, fica preocupante.

Tenho medo desse time ter acreditado demais que não perderia da LDU, já que ganhou do Boca e do São Paulo. Medo maior de ainda não acreditar que pode sair sem a taça.

“Sí, se puede!”

Sim, dá pro Flu ser campeão ainda. Esse 4 a 2 foi até pouco. Ganhar por dois gols de diferença da LDU, levando aos pênaltis, não é desumano. Nem por três de diferença. Essa equipe mostrou nas fases anteriores que é capaz de se superar. Se mostrar o espírito e a qualidade dos confrontos passados, pode sim.

Conca, os Thiagos, Dodô e Washington. Nestes pés, principalmente, estarão as esperanças da nação tricolor. Mas, na decisão, valerá o sangue e o suor de todos os jogadores, além dos gritos e incentivos da apaixonada torcida, que pela festa que vem proporcionando nas partidas no Maior do Mundo, merecia um título só pra si.

Sim, dá pro Flu ser campeão ainda.

Isso foi na Europa mesmo?

É. No meio da transmissão da semifinal da Euro 08 entre Alemanha e Turquia, o sinal caiu para boa parte do mundo! A organização alegou que houve uma curta falta de luz de 4 minutos, mas que obrigou a reinicialização do sistema, o que demora mais tempo. A TV alemã, indignada, ameaça processar a rede austríaca responsável pela geração das imagens. Dois gols da partida, ficamos sabendo pela voz dos narradores, enquanto Record e SporTV passavam imagens variadas.

Lembrou aquela piada do cara que bebe pouco, mas quando o faz, se transforma em outra pessoa que, aí sim, não consegue parar de beber!

A saga alemã continua...

É, esses aí, quando chegam, chegam. Jogando um futebol vistoso, um tanto melhor do que o que vinha mostrando desde o título mundial de 1990, a Alemanha chega à final da Euro eliminando a Turquia em um emocionante 3 a 2. Com atuações destacadas de Schweinsteiger, Podolski e, principalmente, o ressurgimento de Ballack na seleção, os germânicos chegam forte para a decisão.

No que a TV permitiu que víssemos, o jogo foi muito equilibrado. A Alemanha alternando bons e maus momentos, enquanto os turcos lutavam contra os próprios limites, já que tinham seis lesionados e quatro suspensos, dentre estes, Nihat, destaque da equipe. Jogadores foram para o sacrifício, mostrando entrega e patriotismo invejáveis. Saíram de campo orgulhosos, apesar da derrota.

A Turquia está de parabéns!

Vejam só

Considerado um dos pontos fortes do esquema germânico, o lateral-esquerdo Lahm não teve uma atuação brilhante na semi. Errou muito na defesa e na saída de bola, algo incomum para quem sempre foi constante em suas atuações. Mas mesmo assim, deu o passe para o segundo gol, do matador-cagão Klose, e fez o terceiro, da classificação, no finalzinho.

“O gol é apenas um detalhe”, já dizia o Parreira.

Apagovsky

Quem viu o duelo entre Rússia e Holanda esperava que a Espanha tivesse mais trabalho com o seu adversário das semifinais. Mas não. Um sonoro 3 a 0, inapelável, com uma atuação excelente do meio-campo da Fúria e a total inoperância dos russos tanto no ataque quanto na defesa. Dá pra se dizer, até, que 3 a 0 foi pouco.

Ashravin, destaque da campanha russa, não foi visto em campo, bem como a maioria dos seus companheiros, a exceção do goleiro Akinfeev, que apareceu com boas defesas.

Já a Espanha perdeu logo de cara seu maior destaque na competição até agora, o atacante Villa. Mas em seu lugar entrou o meia Fabregas, que, inexplicavelmente, é banco desse time. Comandou as ações daí em diante, levando a equipe ao ataque. Os meias Xavi e Iniesta também apareceram bem, assim como David Silva, deslocado para o ataque na saída de Villa.

Tradição x afirmação

A Espanha chega muito bem credenciada à final, jogando um futebol envolvente, de toque de bola, com jogadores leves no meio-de-campo (pouco comum na Europa) e um ataque poderoso.

Já a Alemanha traz consigo o peso de sua camisa, calejada em decisões, além de uma nova leva de jogadores que, desde a Copa de 2006, vêm se firmando com atuações convincentes e um futebol que voltou a flertar com a qualidade, ainda sem se desguarnecer da tradicional disciplina germânica.

Não podia haver expectativas melhores para a decisão! Receita perfeita de drama, tensão, reviravoltas e, porquê não, bom futebol!

A surpreendente qualidade da Euro 2008 merece um final com chave de ouro, e essas duas equipes poderão proporcioná-lo.

Que vença a melhor!

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Fórmula-1: Grande Prêmio da França (Magny Cours)


Em terra de Prost, deu Massa

Na determinação e também na sorte, o brasileiro fez uma vitória importantíssima e marcante

Importantíssima porque Felipe chegou à liderança do Mundial de pilotos. Massa agora está na cabeça, com 48 pontos, seguido pelo polonês Robert Kubica, com 46 pontos. Em terceiro e quarto estão K. Raikkonen e L. Hamilton, respectivamente com 43 e 38 pontos. Massa ainda seria líder mesmo que tivesse chegado em segundo, mas o problema que seu companheiro Raikkonen teve, lhe rendeu o primeiro lugar. Teve sorte sim, mas não deixa de ser merecida, pois Massa já vinha fazendo uma corrida determinada e concentrada, não deixando que o finlandês disparasse na liderança na primeira parte da prova. Assim, o brasileiro foi premiado com a sorte que lhe faltara no início da temporada. Pode ser chavão, mas não deixa de ser verdadeiro: Todo bom piloto precisa ter um pouco de sorte. Que assim permaneça!

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A vitória de Felipe Massa também foi marcante, pois ele acabou com alguns jejuns que já estavam sendo incômodos para o automobilismo brasileiro: Ver o Brasil no topo do mundial era uma sensação que não vinha sendo mais experimentada desde 1993. O outro jejum ficou por conta de Massa ser o segundo piloto brazuca a conseguir triunfar na França. Por lá, nem Senna havia vencido. Quem conseguiu isso pela primeira vez, foi o tricampeão Nelson Piquet, há 23 anos atrás. Aliás, por falar em Nelson Piquet, seu filho homônimo fez (finalmente!) uma boa corrida. Cumprindo a promessa de obter bons resultados nos circuitos europeus, Nelson Piquet conseguiu pontuar pela primeira vez, fazendo ainda uma ultrapassagem na última volta sobre ninguém menos que o bicampeão Fernando Alonso, seu companheiro de equipe. Uma ousadia bonita de se ver no esporte. Parabéns a Piquet, que apesar de ter cometido um erro bobo, foi agressivo, arrojado e corajoso.

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O restante foi o restante. Destaques para o pódio da Toyota com o sempre difícil de ultrapassar Jarno Trulli, a volta de um predomínio claro da Ferrari, os poucos pontinhos que Kubica fez para garantir o segundo lugar no Mundial e a nova temporada de lambanças de Lewis Hamilton. O inglês é esperto e talentoso, porém quando resolve fazer besteira, faz logo uma série em cadeia. Mas engana-se quem pensa que ele está morto...

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Rubens Barrichello chegou na 14ª colocação.

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Próximo Grande Prêmio:

Será no dia 06 de julho, no tradicional circuito de Silverstone, na Inglaterra. É uma pista larga e rápida, exigindo pouco dos freios e muito da pressão aerodinâmica e asa. Com pelo menos 2 pontos claros de ultrapassagem, é garantia de boa corrida!
Até lá!

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Tudo igual no Mineirão!

Não vou dizer que foi ruim...

Amigos lixeiros, o empate com a Argentina não foi um desastre, vai. “Também não foi tão bom assim”. Tá rolando um certo exagero por parte da imprensa com a Seleção. Tem muita gente com canetas e microfones na mão que parece torcer para a queda de Dunga...ou melhor, para a entrada de algum técnico específico...um luxo!

Que País é esse?

Não foi catastrófico, mas foi ruim de ver. Joguinho chato demais! Um Brasil e Argentina atípico. Sem brilho, com equipes perdidas em campo, jogando satisfeitas com o empate. A Seleção que, vejam só, dependia dos esforços do bravo, porém, limitado Júlio Baptista. “Los Hermanos” sem Verón e com Riquelme sem opções para jogar, quase acéfalo. Messi, em geral, apagado, apesar de ser sempre perigoso quando com a bola.

Duas equipes iguais no Mineirão. Igualmente fracas. Vão para a Copa por não ter como deixar de ir. Mas, jogando o que estão jogando, vão sem boas perspectivas. Mas ambos são celeiros de craques e logo voltarão ao normal.

Será?

Alemanha: A camisa pesa!

No futebol, tem seleções que, se deixarem chegar, chegam mesmo. É o caso da Alemanha. Felipão já dizia que, taticamente, os germânicos tinham o melhor conjunto da Euro. Além disso, a força física de sempre e o talento de alguns jogadores, como nem sempre.

Como equipes, são diferentes, mas, de igual calibre. A diferença, como no futebol costuma ser, se deu nos detalhes. Um lateral-esquerdo improvisado, Paulo Ferreira (que já é fraco na direita), foi decisivo. Passou boa parte do jogo perguntando aos companheiros lusos “onde está o rapazote com nome cheio de consoantes?”. Schweinsteiger passeou em cima do lateral, antecipando-se a ele no contra-ataque que resultou no primeiro gol alemão, marcado pelo próprio “sopa-de-letrinhas”.

Dois cruzamentos para área, iguais, expuseram o grande defeito da seleção portuguesa, as bolas altas. Felipão tinha razão em temer. Klose e Ballack agradeceram, em lances onde o incansável Paulo Ferreira estava lá para atrapalhar a trajetória lusa na Euro e melar a festa de despedida de Scolari.

Em Tempo:

O balanço de Felipão à frente de Portugal é positivíssimo! De uma seleção de segundo escalão, refém de brilharecos esporádicos de jogadores de razoável talento, os gajos agora se firmaram como futebol de ponta no continente, o que ainda deve durar um tempo, já que seu processo de renovação vem trazendo bons jogadores, como o meia João Moutinho e o ponta Nani.

Em Tempo 2:

Dizem que o favorito para assumir a “equipa do Porto d’Galo” é, de fato, um galinho...

Em Tempo 3:

Cristiano Ronaldo e Deco são craques, mas não jogam sozinhos. Ficaram perdidos na excelente marcação alemã.

Esses aí, quando chegam...

Assim como a Alemanha, a Itália passou em segundo no seu grupo. Quase não passou, mas passou. Assim que eles gostam! Chegam nas competições, jogando “algo muito parecido com futebol”, mas sempre se classificando para fases decisivas.

Uma vez, uma seleção de futebol vistoso, tida como uma das maiores, teve que decidir a passagem para as semifinais de uma Copa com uma Itália, que vinha de três empates em três jogos, com seu maior artilheiro sem fazer gols na competição. É...sobrou para o escrete de craques...

Fica a lição para a Espanha, uma das melhores equipes até aqui. Os ibéricos que, por sinal, adoram trocar o vermelho da Fúria pelo amarelo nessas horas...

Três cores alinhadas na horizontal

No confronto das bandeiras sem criatividade, Holanda e Rússia se enfrentam por uma das vagas nas semis. A equipe dos países baixos vem jogando o melhor futebol da competição até aqui, com grandes atuações individuais e coletivas. Tem a seu favor uma inédita união do elenco, o que, historicamente, não ocorre desde que os jogadores oriundos de ex-colônias, como o Suriname, não se davam com os “brancos” nativos.

A Rússia, com sua boa nova geração, desenvolvida em uma liga impulsionada pela grana dos magnatas locais, chega como azarão ao confronto. Mas tem em seu banco o holandês Guus Hiddink, experiente treinador, estrategista e profundo conhecedor da escola de seu país natal. Não me surpreenderia com uma surpresa...

Duelo de entrões

Arrombando a porta da festa e se convidando para dançar, Turquia e Croácia chegam às quartas-de-final em um embate de azarões. Se tivesse que apostar em alguém aqui, seria a Croácia, com seu futebol vistoso, quase latino, diria. Mas os turcos não estão muito longe, e têm em Nihat uma arma letal.

Vou te falar, viu...

Por que convocar um jogador para um amistoso contra um catadão de reservas de times do Rio “reforçados” por atletas de clubes da série C três dias antes da final de uma competição continental? Para isso:

A grande CBF jogando “a favor” dos seus clubes afiliados. Pra frente, Brasil!

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Ressaca de paraguaio é pior...

Crônica de um desastre anunciado

O Brasil se acovardou em Assunção. Mas não pela força e qualidade da seleção paraguaia. A Seleção se apequenou em sua própria cabeça. Nas últimas partidas, o que se viu foi uma falta de espírito impressionante. Com três volantes ou apenas um, a equipe não se encontrou. Apática, sem criatividade, sem poder de marcação, desatenta. Para resumir, atuações preguiçosas e descompromissadas.

O problema da Seleção, no momento parece ser mais de cabeça do que somente de ordem tática. A impressão que dá é que, para a maioria dos jogadores, viajar para jogar pelo Brasil se tornou uma atitude filantrópica hipócrita, realizada nas coxas só para manter as aparências. Ou pior, uma colônia de férias destas cheia de crianças ricas e mimadas que não queriam estar lá.

Papo-cabeça?

Não, este colunista não acha que é só o psicológico. Entrar de cara com três volantes me pareceu um tanto quanto exagerado. Compreende-se a tentativa de utilizar Gilberto Silva como terceiro zagueiro, reeditando a dupla de volantes Josué e Mineiro que deu certo no São Paulo em sistema similar. Mas, para isso, os alas deveriam jogar de forma mais dinâmica e o meia de criação se aproximar mais do ataque.

Com Maicon e Gilberto nas laterais, jogadores com boa presença física, porém, não muito criativos, a opção de Dunga não fez a bola fluir no meio de campo e nem a equipe abriu espaços na frente, já que Diego ficou isolado no meio, assim como Luis Fabiano e Robinho no ataque.

Sem direção

A presença de volantes não garante uma equipe nos eixos. Com o perdão dos trocadilhos infames, a qualidade dos nossos cabeças-de-área já não é a mesma. Nenhum dos três que começaram o jogo contra o Paraguai é titular em sua equipe. Sem ritmo de jogo, mostraram-se fracos tanto na marcação quanto na saída de bola. A Seleção não andou em campo. Aliás, só andou.

Pelo menos...

Anderson mostrou personalidade quando entrou. Não se omitiu, arriscou chutes, atacou e ainda ajudou na marcação. O garoto talentoso, porém, irresponsável dos tempos de Grêmio, foi para a Europa e, hoje, é um jogador mais completo, com a consciência tática e versatilidade que os grandes times do velho continente exigem. Pode não ser titular ainda, mas promete.

Escassez?

Fica uma sensação de que, tirando Kaká e Ronaldinho Gaúcho, hoje atletas mais focados em seus respectivos clubes e compromissos particulares, faltam jogadores capazes de definir um jogo em uma jogada. Falta a magia do craque brasileiro.

Tá, temos Robinho. Sempre tem algum despontando em clubes brasileiros, uns podem dizer. Mas eu desafio. Quem tirando os já citados, pegaria a amarelinha com autoridade para resolver a parada?

Futebol de verdade...

É o da Holanda. Que partidaço contra a França! Se não bastou a convincente vitória sobre a Itália, a equipe do ex-craque Van Basten mostrou que futebol moderno não é mais o amontoado de jogadores obstruindo o meio-de-campo. O Time insinuante, cheio de alternativas, mesclando experiência e juventude, sem deixar de lado a ocupação de espaços. Pode não ganhar a Euro-2008, mas que já se credenciou como uma das melhores seleções da atualidade, isso já.

O tal de Sjneider tá jogando muito. Mas a surpresa fica por conta do experiente van Bronckhorst, que deixou o Barça para voltar para seu país, mas vem jogando um futebol exuberante e dinâmico, estando em todos os setores do campo.

Já nos conhecemos?

França e Itália, após as aulas em doídos fascículos ministradas pela Laranja Mecânica, se enfrentam em confronto direto por uma vaga na próxima fase. Ambas, é claro, torcendo para a Romênia não ganhar da Holanda, que deve poupar jogadores para esta partida. Jogadores experientes e de renome na Europa, ambas possuem. Resta saber se jogo coletivo também. Imperdível!

Fúria até o fim

Em outra boa partida, a Espanha venceu a Suécia com um gol do artilheiro da Euro, David Villa, no apagar das luzes. Se não acontecer nada de anormal, ambas devem avançar. A Fúria já tá lá, dando a pinta de sempre e torcendo para a meia-noite não chegar, como de hábito, e fazer a carruagem virar abóbora. A Suécia precisa, pelo menos, empatar com a Rússia, que não trouxe uma equipe competitiva, apesar de estar em um processo de renovação que ainda pode dar o que falar.

Banho turco de água fria

A República Tcheca, tida por muitos como uma das favoritas para a Euro, não disse ao que veio. Ganhava a partida decisiva contra a Turquia até os 41 do segundo tempo, quando o infalível Petr Cech falhou, e feio, deixando Nihat sozinho para marcar. Este mesmo jogador, minutos depois, recebeu cara a cara com o gigante arqueiro e decretou a virada da surpresa turca, numa verdadeira Retomada de Constantinopla!

Não contavam com minha...

A derrota para a Croácia colocou a Alemanha em rota de colisão com Portugal já nas quartas-de-final. Duas das favoritas para a competição medirão forças, em um duelo do bom futebol, porém, um tanto verde da equipe de Felipão contra a mescla de estilos dos renovados germânicos. A conferir

De Cuba é mais gostoso!

Parabéns as meninas do Basquete brasileiro, que conquistaram uma vaga para Pequim ao derrotarem as cubanas no pré-olímpico de Madri! Essa nova geração da bola laranja de saias (nossa...) mostrou personalidade, e, mesmo com problemas internos, superou adversidades e classificou-se para as Olimpíadas, o que, para elas, já é uma grande vitória

Em “problemas internos”, leia-se...

Iziane deu muito mole. Uma das melhores jogadoras dessa geração, tida como estrela desta equipe, reclamou muito ao ser substituída na partida contra as bielo-russas, que garantiu a estas a vaga antecipada aos Jogos. Quando o técnico Paulo Bassul chamou-a para voltar à quadra, recusou-se. De imediato, o treinador chamou outra atleta e avisou Izi que ela estava fora.

Uma pena para o Basquete brasileiro a ausência de Iziane, que não deve disputar as Olimpíadas, mas é uma lástima maior para a jogadora. Discordar da substituição é um direito dela, mas a insubordinação não pode (e não deve) ser tolerada. “Quando ela disse não, ela não negou a mim, mas a todo o grupo”, analisa Bassul, que mostrou pulso de verdadeiro líder. Bola fora (e das grandes) da nossa craque! Torçamos para que isso se resolva, pelo bem de todos.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Sport é Campeão da Copa do Brasil 2008!

Sport Clube do Recife: Campeão a contragosto.

Sim, amigos. A contragosto. Quem assistiu à final da Copa do Brasil entre Sport e Corinthians pela Globo viu um espetáculo lamentável. A cada lance de perigo dos pernambucanos, o sofrimento dos comentaristas. “O que o Corinthians precisa fazer?”, “Quem você tiraria?”, “Como ganhar esse jogo”. Faltou um “O Corinthians é o Brasil...na Copa do Brasil!”, que, por sinal, cheguei a ouvir no programa “Ta na Área”, do SporTV.

Cléber Machado, para mim, é um ótimo narrador e apresentador. Mas seu comportamento na final foi simplesmente ridículo. O tom de enterro que permeou toda a narração do jogo, em especial após os gols do Sport, me fez crer, por um momento, que estava assistindo a um jogo entre brasileiros e argentinos. Quando o Sport foi levantar a taça, então, MEU DEUS! Faltou a marcha fúnebre.

Francamente, que papelão!

A Taça do Leão

Incontestável! Ganhar a Copa do Brasil eliminando os favoritos Palmeiras e Internacional, além de grandes como Vasco e, na final, o midiático Corinthians, credenciaria qualquer equipe a erguer o troféu. Com os jogos na Ilha do Retiro sempre fervendo, num caldeirão que, no Brasil, talvez só se compare à pressão que a Arena da Baixada já exerceu, na mistura de proximidade do campo com o ímpeto da torcida.

A virada de Nelsinho

Nelsinho Baptista, técnico do Leão, após recentes fracassos em clubes de maior expressão (leia-se RJ-SP-MG-RS), dá a volta por cima, em um cenário digno de tramas hollywoodianas.

Comandando um escrete nordestino, mais humilde, enfrentaria na final um gigante, recentemente ferido por um rebaixamento, que contava com o apoio de fatia igualmente gigante da mídia.

Detalhe: O último técnico do gigante gavião na campanha do rebaixamento foi justamente o herói da conquista do Sport, Nelsinho!

Detalhe 2: Na partida que sacramentou a queda do Corinthians, o técnico da equipe oponente, o Grêmio, era...Mano Menezes, atual técnico do ascendente Timão!

Vamos falar de futebol

Agora, falando da bola. Nela, o Sport foi superior. Senhor do jogo, mostrou domínio total do seu campo (por sinal, bem mal-tratado), jogando com raça e aplicação tática essenciais para uma equipe vencedora.

A equipe de Nelsinho teve como diferencial a entrega de jogadores ofensivos ao sistema de marcação. O veloz Carlinhos Bala jogou quase como meia, ajudando na cobertura das jogadas laterais e se posicionando para puxar contra-ataques, assim como Luciano Henrique. Em momentos, o Sport lembrava um 4-3-3 à holandesa, com dois jogadores abertos pelas pontas e um centralizado, se transformando em um compacto 4-5-1 sem a bola. Saída rápida, bons arremates de média e longa distâncias e perigoso no jogo aéreo.

E o Timão?

Os próprios jogadores, comissão técnica e diretoria também se perguntam. Quem viu o primeiro jogo, viu um autêntico Corinthians, aquele que joga com a alma no ritmo dos gritos de sua Fiel Torcida. No Recife, porém, o que se viu foi a distribuição de pontapés, muitos passes errados e grosseiros erros de finalização.

Tá certo, teve o pênalti no Acosta que não foi assinalado. Mas, ao invés de reclamar da arbitragem (que errou, fato), os alvinegros devem cobrar do próprio jogador, que poderia ter finalizado, já que recebera em condições para tal. Mas Acosta preferiu enfeitar, driblando o goleiro. Deu mole para o azar.

Em Tempo

Apesar da apatia e da violência na Ilha, o Corinthians está no caminho certo para retornar a Série A. Mano Menezes tem em mãos uma equipe de boa qualidade, que não faria papel desonroso na própria primeira divisão.

Agora tem de haver um trabalho psicológico com o grupo, tanto para juntar os cacos quanto para esfriar os ânimos. A torcida terá um papel fundamental daqui para frente, tendo que, mais do que nunca, jogar junto com o time.

Quanto a isso, não tenho dúvidas.

Euro Valorizado

Em dois posts sobre futebol, já queimei a língua (ou o dedo?). Após um começo realmente sonolento, a Euro 2008 tem proporcionado alguns ótimos jogos, com grandes atuações individuais.

Vale destacar a surpreendente goleada (?) da Holanda sobre a Itália, o “atropelamento espanhol” da Fúria sobre os russos, a grande atuação de Portugal (leia-se Cristiano Ronaldo e Deco) contra a República Tcheca e o confronto entre Croácia e Alemanha (terminada há pouco), na qual os germânicos foram surpreendidos pelo ímpeto croata, em um partidaço!

Big Phil...Gene Hackman...tudo azul!

Após o jogo de Portugal, o site oficial do Chelsea anunciou a contratação de Felipão como técnico da equipe para a próxima temporada. Ele será o primeiro brasileiro a dirigir uma equipe na Premiere League, e terá um orçamento de quase € 150 milhões para contratações. Já se fala, inclusive, em Deco e Kaká nos Blues. Abramovich faz votos!

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Futebol no fim de semana

LÍDER

Parece que o Flamengo se recuperou bem do trauma da Libertadores. Com quatro vitórias e um empate nas primeiras cinco rodadas, os rubro-negros demonstram ter entendido a mensagem da torcida, que ostenta faixa com os dizeres “O Brasileiro é obrigação” nos jogos no Maracanã. A goleada do fim de semana sob o Figueira colocou o Mengão no topo da tabela do Brasileirão.

O bom técnico Caio Júnior mostra que já conhece os pontos fortes e fracos do elenco. Reposicionou Toró, recuou Marcinho para sua posição original e vem dando oportunidades a renegados de Joel, como Maxi.

GENINHO E CARLOS ALBERTO

Não dá pra constatar ainda quase nada, mas Geninho estreou com o pé direito no Fogão. E isso é significativo sim, pois, ultimamente, o que tem faltado de sorte em General Severiano...

Carlos Alberto fez seu primeiro gol. Carlos Alberto levou seu primeiro cartão vermelho. Extremamente habilidoso, porém, sem ter achado ainda seu lugar no campo, o promissor meia-atacante-sei-lá-o-quê ainda abusa das jogadas individuais e comete muitas faltas desnecessárias, confundindo raça com truculência. O único papel que desempenha com constância em sua carreira é de eterna incógnita.

A REGRA É CLARA!?!?

O lance da defesa em dois tempos do goleiro Tiago, do Vasco, contra o Cruzeiro, gerou polêmica. A regra diz que não se pode amortecer a bola propositalmente com as mãos para depois segurá-la, de forma a retardar o jogo. Boa marcação do sempre espalhafatoso Wilson (de) Souza (de) Mendonça (escolha aonde o ‘de’ deve ficar!), que, se não aparece pelos erros bisonhos ou mudanças toscas na grafia de seu nome, o faz pelos acertos inusitados. Que fase!

A REGRA É CLARA!?!? (2) - GOLEIRO...TREINADOR...DIRETORIA

Se a regra existe, contestável ou não, deve ser conhecida e cumprida. Mesmo após a partida, Tiago, o técnico Antônio Lopes e até o presidente Eurico Miranda reclamavam do “erro” do “Wilson de-de”, mostrando total desprezo pela cartilha do jogo.

O QUE RESERVA O FUTURO?

Brincando no Brasileirão, como diz Renato Gaúcho, o Flu segue jogando com espírito de time B, mesmo com alguns titulares em campo. Claramente se poupando para as finais da Libertadores, par de jogos tido como “os mais importantes da história do clube”, o Tricolor perdeu para o Grêmio e continua segurando a lanterna do Brasileirão.

Até compreendo e, de certa forma, concordo com o jogador ou treinador que se poupam para um grande momento. Mas essa brincadeira pode acabar virando coisa séria logo logo, se não forem abertos os olhos sonolentos de boa parte do elenco...

EM TEMPO

A final da Libertadores, de fato, é o jogo mais importante da história do Fluminense. Chegou lá eliminando clubes tradicionais na competição, como os favoritos São Paulo e Boca Juniors, com doses de sorte e bom futebol. Pega na final a LDU, companheira do Flu no “grupo da morte” na primeira fase, tese desmistificada por parte da imprensa “de toalhas nas mãos” quando os Tricolores avançaram no primeiro lugar geral. E agora? O grupo era mesmo molezinha?

EM TEMPO 2

Não se pode subestimar a boa campanha da LDU, que eliminou Estudiantes, San Lorenzo e América (MEX), clubes com mais história (e futebol). Acima de tudo (e bem acima), não se pode desprezar a altitude de Quito. O Flu tomou um verdadeiro sufoco lá na estréia contra os mesmos adversários. Se entrar pensando que é o bom, os brasileiros podem acabar chupando o dedo.

EUROS

Começa a Eurocopa, segundo torneio entre seleções mais importante do mundo. Como de hábito nas últimas edições, vê-se estádios valiosos, jogadores de renome, muito público e pouco futebol. E a perspectiva é essa.

Depois do “efeito Grécia” na última edição, quando os azarões, jogando com 18 zagueiros e igual número de volantes, eliminaram a França e ganharam a final contra Portugal, dona da casa, o que se vê nos belos relvados do velho mundo é, primordialmente, o “ferrolho”. A qualidade em si, na primeira fase, ficará restrita ao “grupo da morte” de lá, com França, Itália, Holanda e Romênia, onde os jogos prometem um pouco mais. E na segunda fase, onde ai sim, espera-se jogos mais abertos.

PRA NÃO DIZER QUE NEM “NADA” SÃO FLORES...

A Alemanha, quem diria, trouxe um time muito técnico, com bom ataque e meio de campo. E, “quem diria 2, a missão”, tem como ponto fraco a defesa...Olho no jovem Podolski, no “mucho germánico” Mário Gómez e no sopa-de-letrinhas Schweinsteiger (pronuncia-se chiváinstáiguer).

QUEM DIRIA 33 e 1/3

Venezuela 2 x 0 Brasil. Não, não é Beisebol, é futebol mesmo. Resultado auto-explicativo. Resultado sem explicação.
Fórmula-1

Grande Prêmio do Canadá
A Melhor Corrida do Ano
O GP do Canadá teve quase todos os ingredientes que uma grande corrida pode ter: Acidentes, Safety Car, variação de posições, trapalhada nos boxes, disputa, imprevisibilidade e ultrapassagens, muitas ultrapassagens.

Primeiramente, é importantíssimo ressaltar a grande vitória de Robert Kubica e a dobradinha da BMW-Sauber em Montreal. Com a saída dos favoritos Hamilton e Raikkonen, o caminho ficou livre para a equipe alemã e suíça realizarem um grande e merecido marco. Merecidíssima a vitória de Kubica, que superou o trauma do acidente do GP do ano passado e provou mais uma vez ser um grande e competitivo piloto. Além disso, o piloto polonês ainda tornou-se líder do Mundial de Pilotos, com 42 pontos. Merecidíssima também a dobradinha da BMW, que desde o ano passado sempre esteve presente nos pódios e conseguiu uma linda dobradinha logo como no primeiro triunfo da escuderia.

Destaque também para a corrida de Felipe Massa. À primeira vista, um quinto lugar parece ter sido insatisfatório. Mas vale ressaltar que o brasileiro sofreu - mais uma vez - com uma lambança da Ferrari em seu pit-stop, obrigando-o a parar novamente e comprometendo as suas chances de pódio e até de vitória na corrida. A partir daí, Massa deu um show a parte. Com uma estratégia de uma parada a mais, Felipe protagonizou uma ultrapassagem dupla sobre Barrichello e Kovalainen, no harping do circuito. Um momento épico, que há tempos não se via na Fórmula-1. Sua Ferrari voou e deu show, chegando a ultrapassar mais de uma vez o mesmo adversário. O quinto lugar foi o melhor que ele pode fazer. E os 4 pontos foram importantíssimos para se segurar na briga do título e assumir a segunda colocação do Mundial, com 38 pontos. Parabéns a Massa!

Rubens Barrichello fez também uma boa corrida, resistindo aos ataques da McLaren de Kovalainen e levando no sacrifício seu limitadíssimo Honda até a 7ª colocação. Já Nelson Piquet... É melhor deixar para falar dele na próxima corrida, na França - pista que é muito bem conhecida pelo piloto.

A grande lambança ficou por conta de Lewis Hamilton. Chegou a ser engraçada a batida, principalmente para quem torce por Felipe Massa. Raikkonen reclamou, ironizou o inglês, que se desculpou e parecia não acreditar no tamanho da besteira que fez. Aliás, Kimmi não tem muito o que reclamar, já que na corrida anterior, uma trapalhada sua tirou o quarto lugar de Adrian Sutil, da Force Índia. E foi justamente o abandono de Sutil, que provocou a entrada do Safety Car e a consequente tragédia para o piloto finlandês. Parece coisa premeditada...

E como é bom ver a Fórmula-1 disputada dessa forma. E as expectativas são cada vez melhores para o ano que vem, com a volta dos pneus sliks, que permitirão mais ultrapassagens. Que assim permaneça e que a categoria nunca mais volte a ser tediosa, com o predomínio absoluto de apenas um piloto e uma equipe. A coluna volta no dia 23/06/2008, já que o GP da França, em Magny-Cours será disputado no dia 22. Até lá, ficaremos de olho em todos os acontecimentos dessa disputadíssima e emocionante temporada de 2008.


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Parabéns ao nosso amigo e colunista Gabriel Mattos! Ficou mais velhinho hoje! :D

sábado, 7 de junho de 2008

Fórmula-1

Grande Prêmio do Canadá
Massa fica somente com a sexta colocação no Grid
Público espera corrida disputada e surpreendente



Como toda corrida já começa na definição do grid de largada, Lewis Hamilton já deu um grande passo para vencer mais uma nessa temporada. O piloto inglês sobrou nos treinos livres e de classificação para o Grande Prêmio do Canadá, do Mundial de Fórmula-1. Hamilton dominou as três partes do treino, sem dar chance aos seus adversários. A primeira fila será formada pela McLaren de Lewis e a BMW do polonês Robert Kubica. As Ferraris, que eram consideradas favoritas, ficaram aquém do desempenho esperado. Raikonnen larga em terceiro e Felipe Massa apenas em sexto.

O que esperar de uma corrida em que Massa largará em sexto? Como seu rendimento foi inferior ao treino livre de sexta-feira, é provável que o brasileiro largue com o carro pesado, o que diferenciaria sua estratégia de corrida. Será fundamental que o brasileiro largue bem, para não perder contato com os líderes logo nas primeiras voltas e após isso, consiga ganhar o máximo de posições possíveis com o primeiro pit-stop, já que ele permaneceria mais tempo na pista que os demais adversários. Um outro ingrediente deve ser levado em consideração, visto que é comum a entrada do Safety Car no circuito de Montreal. Para isso, é necessário sorte, muita sorte. Entretanto, essa sorte para uns, pode ser o azar de outros também.

Quem esperava domínio absoluto das Ferraris nas primeiras provas, enganou-se. Hamilton é o favorito para vencer a prova. Não somente isso, o excelente piloto inglês é líder do campeonato e conta com um bom equipamento. E não é apenas a McLaren que vem mostrando competitividade perante aos carros vermelhos. A BMW já mostrou ter força e Robert Kubica (que largará em segundo) está apenas a 6 pontos do líder do campeonato. Com um mundial tão disputado, é de se esperar uma corrida disputadíssima por qualquer posição que renda pontos. Isso pode vir a fazer muita diferença no final da temporada. Felipe Massa precisará de frieza e arrojo para conseguir uma vitória, o que será muito difícil. Caso isso não aconteça, é fundamental que o piloto brasileiro faça uma corrida de recuperação e tente ao menos chegar ao pódio, para não ficar muito atrás de Hamilton, Raikkonen e até de Kubica.


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Alguém pode explicar o que está acontecendo com Nelson Piquet? O piloto estreante - que ficou somente com a 15ª colocação - ainda não pontuou e está sempre muito (muito mesmo) atrás de seu companheiro Fernando Alonso (que largará em quarto). Todos sabem que o espanhol é o primeiro piloto, conta com privilégios da Renaut e tem no currículo dois títulos mundiais. Mas o brasileiro deveria aproveitar melhor o fato de ter um bicampeão ao seu lado e usar isso ao seu favor, para evoluir e adquirir experiência. Ficar na sombra de Alonso e de seu pai, pode diminuí-lo ainda mais. Sobre o jovem Nelson, ainda é cedo para fazer um prognóstico exato. Ainda há muita corrida pela frente. Fica a expectativa e a torcida para que o brasileiro cresca e obtenha bons resultados, pois sem isso, sua posição na equipe de Flavio Briatore pode vir a tornar-se insustentável.

Barrichello conseguiu colocar o seu limitado Honda na super pole e largará em nono. Expectativas? A de ganhar uma posição e conseguir pontuar. Nada mais que isso. Nada mais a declarar. Apenas aguardar o período entre o apagar das cinco luzes vermelhas e da bandeirada quadriculada, que será amanhã.